terça-feira, 25 de setembro de 2012

A Sobrevivente do Massacre - Prólogo

                     
 Notas Iniciais do Capítulo:

 Yo! Estou aqui pra avisar que alguns capítulos têm imagens adicionais, como cenas e personagem criados por mim, mas como disse as imagens não são minhas. Eu simplesmente as peguei para vocês entenderem melhor... Ficam no final do capítulo.


Prólogo: O Massacre






Acordei de manhã sozinha, como sempre. Meu pai não dá às caras faz três dias...
Lavei meu rosto e passei a escovar os cabelos curtos e negros (na altura do ombros e ondulados).
Toda vez que me vejo no espelho, pergunto-me: “Por que meus olhos são castanho-escuros? E esses cabelos ondulados?”. Essas são características totalmente diferentes das dos Uchiha's.
Também tenho uma marca estranha e preta no meu pescoço tão branco. Desconfio de que seja um selo.
Pus-me a vestir um vestido preto e com bolsos, sem mangas, o símbolo Uchiha nas costas. Como se eu precisasse disso agora que tenho essa marca no meu braço.
Antes dessa roupa, sempre visto uma blusa também preta com mangas curtas e uma gola (para cobrir o selo), típica gola dos Uchiha's, e um short da mesma cor, para que fique mais fácil fazer os exercícios da academia.
Peguei minha sandália ninja vermelha (achei que ia dar uma cor na roupa) e sai do quarto.
Tomei meu café, na medida do possível sem um adulto, e comecei a caminhar até a academia.
***
– Naomi! - chamou Sasuke, quando eu saía pela porta da academia. Virei-me, vendo ele nas costas de Itachi.
A verdade era que eu não tinha amigos, além de Sasuke e do seu irmão. Que pouco conversa comigo, mas ele é legal.
– Oi - falei, sorrindo. Poucas vezes me permitia sorrir depois daquele incidente.
– Vamos juntos - disse. E eu os esperei chegar até mim.
Depois começamos a caminhar para o clã.
– Por que seu pai não vem te pegar mais, Naomi? - perguntou-me.
Desviei meu olhar para o chão.
– Não sei... Não o vejo há alguns dias... - respondi.
Percebi os olhares sobre mim, mas tentei não ligar.
–Por quê? - perguntou Itachi.
Flashback on
“- Não encoste-se em mim! - gritei, correndo pela casa.
Eu estava profundamente magoada com ele.
– Me deixa em paz! - Peguei uma panela assim que ele entrou na cozinha.
– Naomi! Sou seu pai e você tem q... - Se aproximou demais e eu bati com a panela na sua cabeça. - Sua... - E desmaiou."
– Eu... O machuquei. - falei com remorso. - E-eu pensei que ele fosse desviar... - Uma lágrima silenciosa escorreu pelo meu rosto. - Ele disse que ia me deixar sozinha... Como se eu já não estivesse...
Chegamos à minha casa, e lá estava meu pai, encostado na porta. Uchiha Makoto...
Vou resumir como ele é... Sincero e sem sentimento algum na maior parte do tempo. Cabelos negros, olhos negros, branco e seria mais bonito se não fosse tão sério.
– Entre, Naomi - falou, sério. Se eu fosse outra pessoa abaixaria a cabeça, não? Mas era orgulhosa demais e a mantive erguida.
– Tchau - falei pra eles e entrei.
Pode parecer estranho, mas não levei uma surra, mas sim palavras más... Preferia levar uma surra, sinceramente.

Noite seguinte...

Estava sentada em uma árvore, ali mesmo no clã Uchiha, com um pijama de gatinhos fofos.
– Sozinha à essa hora? - perguntou aquela voz familiar.
– Itachi - falei, encarando-o enquanto subia a árvore usando chakra.
– Pequena, por que está aqui? - Se sentou ao meu lado.
– Estou pensando... Eu sou uma pessoa má? - Eu o olhava nos olhos.
– Não, não é Naomi. Por que pensa isso?
– Porque me sinto sem coração... Se meu pai fosse embora, eu nem ligaria. Sou minha própria família, e gosto de me sentir independente.
– Isso não é ruim. Você só é mais avançada que as outras crianças.
– Não me sinto uma criança, Itachi. Já vi coisas demais pra ser uma.
– O que quer dizer com isso?
Encolhi-me, sentindo-me a pessoa mais estranha do mundo.
– Eu... Vi pessoas mortas. - Não conseguia encarar seus olhos - Não. Vi todos daqui mortos... E vi você infeliz. - Tapei meus olhos. - Não quero morrer também. Preciso viver... Para saber quem eu sou de verdade.
Ele nada disse.
– Só trouxe sofrimento até agora. Quero mudar isso. - disse-lhe. - Todo mundo tem uma missão no mundo, não é? Eu também devo ter uma.
– Devia parar de pensar em morte. - disse-me. - Foi só um pesadelo.
Olhei a lua.
– Deus, como queria que fosse um pesadelo... - murmurei. - Mas eu estava acordada, Itachi! E meu mundo sumiu! Só via pessoas mortas em todo lugar! Agora meu pai acha que estou louca por ter ficado dez minutos, parada, fitando o nada!
–... Você... Você disse isso a ele?
– Não. Ninguém mais sabe... - Um minuto de silêncio. - Itachi... Eu não quero vê-lo infeliz. - desabafei. - Então, seja lá o que for que vá causar isso, lembre-se de que sempre a felicidade chega aos de bom coração. - Entreguei-lhe um colar. - Acredito nisso e espero que ela chegue tanto pra mim quanto pra você.
Ele pegou o colar.
– Mas ele é seu... - interrompi-o.
–Agora é seu. Pra lembrar-se de mim. - Sorri e desci da árvore, saltando para o chão. - Boa noite, Itachi-san...

Uma semana depois...

– Naomi-san. - me chamou assim que saia de casa.
– Itachi-san? - Fui até ele confusa. Ele não falava comigo nesse último tempo.
– Preciso de um favor seu. - disse.
– Diga e eu farei o possível.
– Sei que quase todo o dia treina até mais tarde.
– Hai.
– Quero que faça o Sasuke treinar até tarde hoje com você.
– Mas por quê?
– Você já está quase se formando, não?
– Hai...
– Ajude o Sasuke, então.
– Tá bom... - Eu queria dizer algo mais.
– Obrigado, pequena. - Se virou pra ir, mas eu o chamei.
– Espera, Itachi-san. - Olhou-me. - Obrigada por ter cuidado do meu braço... Eu me esqueci de agradecer antes. - Sorri.
– Não foi nada. - disse-me e deu um beijo na minha testa. - Se cuide, Ok?
– Tá! - Eu estava corada.
***
– Vamos treinar com shurikens hoje? - perguntei à Sasuke.
– Eu pensei que não gostasse de companhia quando treinava. - disse com as mãos nos bolsos.
– Ah, que isso... Você é meu amigo. - Sorri pra ele. - Vai ficar?
– Claro.
***
– Sasuke... - eu disse, assim que colocamos o pé no clã, ativando o Sharingan.
– Por que está usando o Sharingan...?
– Não... Não. - falei mais alto.
– O que há...? - Ele notou o sangue à frente.
Eu corri até mais a frente, encontrando um corpo.
Era tudo verdade. Tinha visto tudo e agora aconteceu.
Sasuke estava ao meu lado.
Acabei correndo até minha casa. Abri a porta.
– Pai! - gritei, vendo-o morrer aos poucos, na cozinha.
– N-naomi... - disse fracamente. Fiquei de joelhos ao seu lado, sujando meu vestido com o sangue. Ele me entregou uma foto. - Sua mãe. - me disse e tocou a ponta dos dedos, sujos de sangue, no canto dos meus olhos. - D-desculpe. - E morreu.
– Pai! - gritei enquanto as lágrimas caiam.
Percebi que meus olhos mudavam, deixando várias pontas vermelhas, parecendo chamas, no negro. As cores haviam se invertido.
Fui rapidamente até a gaveta de armas do meu pai. Peguei sua katana e uma bolsa de shurikens e kunais.
Proteger Sasuke era o único objetivo na minha mente. Corri até ele, enquanto sentia o poder se espalhar pelo meu corpo, vindo da marca estranha no meu pescoço.
– Não vou deixar que lhe faça mal. - falei, pulando na frente do Sasuke, que parecia inconsciente.
Lá estava Itachi, parado, olhando-me.
– O que pretende fazer? Lutar? Você não pode me vencer. - disse-me.
Era verdade, mas quem disse que eu controlava meus movimentos?
Ataquei com a katana, enquanto ele defendia facilmente com a kunai. Tirou-a da minha mão sem esforço algum.
Sentia dor, muita dor... Como se estivessem me queimando.
– Naomi, pare. - disse, prendendo meus braços. Debati-me até que não conseguisse mais. - Pare o selo, Naomi!
Desativei o Sharingan, mas os selos não diminuíram.
– Não consigo. - falei.
O resto foi um borrão negro na minha memória.
Só depois percebi que estava no chão, ao lado do Sasuke, ainda no clã.
Apoiei-o em mim e comecei a sair daquele lugar.
Depois de deixá-lo no hospital, sem que ninguém me visse, fui até o escritório do Hokage.
Entrei lá, como um zumbi... Movida apenas pela vontade, mesmo estando morta por dentro.
– Naomi. - disse o Hokage. Eu só consegui levantar os olhos na sua direção.
– Eu... Quero ir embora. - falei. - Quero que pensem que estou morta.
– Tenho um lugar pra onde possa ir.
***
– Vai ser minha aprendiza? - perguntou-me a mulher. Tinha seus 25 anos, era ruiva e os seus olhos eram verdes.
– Sim, Akemi-sensei. - falei.
E nós fomos... A caminho da academia de kunoichis... Bem longe de Konoha.

***

Akemi-sensei

***

Notas Finais do Capítulo:

Significados dos nomes:
 Makoto: sincero.
 Naomi: Bela e correta.
 Akemi: Bela e resplandecente.

 Espero que tenha ficado bom! Eu penso nessa fic há um bom tempo.
 Bom, o símbolo do clã com fogo e rachaduras representam bem o fim dele. Por isso escolhi a imagem.
 Logo posto o capítulo um. O que acharam do prólogo?

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