sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A Sobrevivente do Massacre - Capítulo Três


 Notas Iniciais do Capítulo:
 Mais um capítulo! Espero que gostem! 

Capítulo Três: Amizade



Dia seguinte...

Andava pela floresta com Tora (minha tigresa, filhote de estimação), procurando um lugar tranquilo pra ficar.
Vi um time treinando. O time que tinha uma Hyuuga.
“Vamos fazer amizade!” Disse Tora, animada. 
“Tá”.
Caminhei até lá.
– Oi. - falei, quando todos os três me olharam.
“Olá!”.


– Eu estava passando e pensei em... Fazer amizade já que voltei há pouco tempo pra cá. - Dei um sorriso sem jeito.
“Seu nome!” Lembrou-me.
– Me chamo Naomi e essa é Tora.
– O-oi. - cumprimentou a garota Hyuuga, de cabelos preto-azulados. - M-me chamo H-hinata.
– Shino. - disse o de óculos.
– Kiba e Akamaru. - diz o garoto que tem presas e o cachorro latiu.
– Clã Hyuuga, Aburame e Inuzuka.
– Uchiha. - disse Shino.
– Está tão na cara assim? - perguntei.
– Não, no seu braço. - Kiba respondeu.
– Ah... - Puxei a manga da capa, cobrindo o símbolo.
– Você e Sasuke são parentes então. - Shino afirma.
– Talvez ele seja um primo de 5º grau, ou algo do tipo.
– Ah, ele é seu... - Kiba levantou o dedo mínimo.
Corei com aquilo.
“Sim!” Tora respondeu, divertida.
– Ahn... Acredito que sim.
– Cara, as garotas da vila estão loucas pra matar você!
– Percebi... Menos você. - Apontei para Hinata.
– S-sim... - Ela tocava a ponta do indicador no outro.
– Gostei de você, Hinata-chan. - falei, sorrindo, e ela corou.
– Só porque ela não gosta do Sasuke? - Shino indagou.
– Não... É que nenhuma garota me deixou se aproximar... E você tem um coração nobre! Só precisa acreditar em si mesma! - Sorri. Estava cada vez melhor nisso.
– O-obrigada. - Ficou mais corada.
– Não sabia que Uchiha's sorriam. - assumiu Kiba, sorrindo.
– Nós sorríamos. - afirmei. É, eu não poderia dizer aquilo no presente. - Posso ver vocês treinarem?
– C-claro. - respondeu Hinata.
Sorri e subi na árvore, sentando no galho. Com um pulo Tora estava no meu colo, se deitando.
– Pra que vocês costumam treinar?
– Pra quê? - Kiba não entende minha pergunta.
– É, alguns querem ser ninjas de busca. Outros assassinos. Alguns são os dois. E tem os médicos também. - expliquei.
– Nós tanto atacamos quanto buscamos. - Shino disse.
– E-e você, Naomi-chan? - perguntou Hinata.
– Hm... Meu pai me treinou para ser uma assassina silenciosa e uma kunoichi de busca eficiente. Também aprendi um pouco com ninjas médicos.
– Conseguiu ser tudo isso? - Kiba se surpreendeu.
– Sou conhecida por ser silenciosa. E consigo achar com facilidade qualquer pessoa. Só preciso me concentrar.
– É sensitiva então. - Shino falou.
– Sim.
Eu fiquei olhando eles treinarem e dei algumas dicas.
– Acho que está bom por hoje. - Shino recolheu seus insetos. 
– É, estou cansado.
– H-hai, Shino-kun.
– E você, Naomi? - Kiba olha para mim.
– Também já vou. - concordo, descendo da árvore com Tora.
Nós seguimos juntos até o portão da vila, onde me despedi deles.
Caminhei calmamente até o prédio do Hokage e depois até sua sala.
Bati a porta.
– Entre, Naomi. - disse o Sandaime.
Entrei meio sem jeito. Eu só queria perguntar algumas coisas. Saber mais sobre mim mesma.
Sorri (já tinha se tornado um costume) enquanto adentrava mais o local.
– Sente-se. - Ele sorria de volta. Como um avô vendo a curiosidade do seu neto, pronto pra contar histórias dos seu filhos quando eram pequenos.
Me sentei perto dele, as pilhas de papéis pra ele olhar espalhadas pela mesa.
– Desculpe. Sei que tem que trabalhar, mas eu queria tanto saber mais... Sobre ela. - sussurrei e ele simplesmente sorriu, fumando seu cachimbo.
– Naomi, posso responder algumas das suas perguntas, sem problema.
Algumas. Pensei.
– Ok. Qual era o nome da minha mãe? - Ele soltou a fumaça.
– Kaori. Ela era muito gentil e uma ótima ninja. - Fumou novamente.
– Jounin?
– Sim, mas antes foi uma ANBU assim como seu pai.
– Como eles se conheceram?
– Eles eram do mesmo time desde de pequenos.
– A... Família dela?
– O que foi me permitido dizer é que não são dessa vila.
– Entendo. - Assenti. - Essa próxima é um pouco pessoal, mas como Hokage deve ter percebido...
– Diga.
– Meus pais ficaram felizes quando souberam sobre mim?
Ele riu, deixando o cachimbo de lado, e colocou a mão no meu ombro.
– Sim! Muito! - Estava sendo sincero. 
Assenti, sorrindo.
– Obrigada, Sandaime. - disse e levantei. - Obrigada mesmo.
Ele somente sorriu e me olhou saindo pela porta.
Havia perguntado as coisas principais, não podia tomar todo o tempo do Sandaime.
Cheguei em casa, tomei um banho e sentei no sofá.
Escutei batidas na porta e fui abrir.
– Yo, Sasuke-kun. - Sorri, deixando ele entrar.
– Yo, Naomi. - Me beijou, um selinho.
– Como foi a missão? 
Nós sentávamos no sofá.
– Tivemos que buscar um gato. - respondeu, como se explicasse tudo.
Sorri com isso.
– Missões necessárias para o começo.
– Eu sei. Como foram sua primeiras missões?
– Érr... - Era complicado lembrar disso.
*Flash back on
“ - A primeira missão de vocês vai ser muito fácil. - garantiu Akemi com um sorriso um tanto cruel. Sem contar o tom de voz dela, tão irônico. Conhecia-o por ter vivido tanto tempo com meu pai.
– O que faremos? - perguntou uma menina de cabelos brancos. Ela também me evita, assim como a loira, do meu lado.
Nós três somos um time. Ou deveríamos, porque elas me isolam.
– Hu hu. - Sua risada maligna que fez as duas garotas recuarem. - Vocês terão que achar um bichinho... Um gatinho, na verdade.
– Gatinhos são kawaii! - exclamou a loira.
A sensei sorriu.
– Vocês tem que trazer esse gatinho... Não importa como. - afirmou. - Começando em... 5... 2, 1, já!
Pulei em uma árvore.
– Mas e o 4 e 3? - perguntou a loira.
– Está perdendo tempo. - avisou a professora.
– Vamos, Hana - chama a de cabelos brancos.
– Tá, Amaya-chan. - Esse era o nome delas. Pelo menos agora eu sabia.
Então elas fariam dupla. Ótimo, era melhor sozinha mesmo.
Rugidos em algum lugar e gritos das duas se ouviram, alguns minutos depois. Comecei a ir naquela direção, mas logo o chão tremeu, como algo caindo pesadamente no solo, e um último rugido, fraco e agoniado.
Só escutando aquilo, uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Elas haviam... Matado o pobre animal? Mas...
Caminhei até lá, minhas pernas tremendo um pouco.
A visão era terrível. Um tigre gigante caído e morto... O sangue espalhado pelo chão...
– Você mataram o animal! - gritei com elas.
– É um tigre selvagem! Ia matar a gente! - gritou Amaya.
Hana tentava selar o animal em um pergaminho e logo conseguiu.
– Gatinho nada... Sensei mentirosa... - murmurava.
Fiquei indignada vendo elas saírem como se nada tivesse acontecido.
– Aprenda uma coisa garota... Quem não mata, morre. - disse Amaya e desapareceu entre as árvores.
Percebi uma coisa, ficando sozinha ali. Havia um filhote... Sem mãe agora.
Caminhei devagar até o pequeno buraco, como uma pequena caverna.
Dois olhos dourados me encaravam, assustados. Senti o aperto no coração. Eu entendia bem como era não ter mãe, viver sem ninguém.
– Calma... Eu não vou te fazer mal. - Levei minha mão calmamente até sua cabeça e a acariciei.
Depois de ficar um tempo tentando ganhar a confiança do animal, ele saiu do buraco... E não era ele, mas sim ela.
– Posso cuidar de você... Porque te entendo... - garanti e a pequena tigresa veio até meus braços, como se permitisse ser levada. - ...Tora.
Fui a última a chegar a sensei, que me olhou espantada por me ver segurando um filhote de tigre, vivo.
– Você é louca garota? - questionou Hana. - Quer nos matar?
– Fique quieta. - mandou Akemi. - Como conseguiu?
– Eu só conversei com ela. - respondi. - Posso ficar com ela, não é?
Akemi sorriu, não ironicamente ou cruelmente. Sorriu verdadeiramente, como numa admiração
– Claro.
– O QUÊ? - as duas gritaram".
Flash back off*
– Foi complicada. - respondi à Sasuke. - Foi nela que encontrei Tora... Totalmente traumático.
– Pensei que as primeiras eram fáceis.
– Não foi difícil desse jeito... Foi mais um grande estresse mental.
– Hm...
E nós passamos à tarde jogados no sofá, sem assuntos traumáticos, ainda bem.

***

Tora (imaginem ela menor e branca, ok?)
Jogados no sofá

***


Notas Finais do Capítulo:
 Significados de nomes:
Hana: Flor, Adorno. 
Amaya: Chuva Noturna.

Gostaram? Logo o capítulo quatro!

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