sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A Sobrevivente do Massacre - Capítulo Dois


 Notas Iniciais do Capítulo:
Capítulo dois, pessoal! Boa leitura!


Capítulo Dois: "E eu não posso aceitar sua amizade depois disso."



– Você é bem popular aqui, hein. – comentei enquanto olhávamos a vista de Konoha e comíamos. - Recebi tantos olhares irados de garotas... Mas já estou acostumada com esses olhares.
– Você também era popular no lugar que treinou?
– Do jeito bom ou ruim?
– Qualquer um dos dois.


– Sim. As garotas não gostavam de mim porque eu chamava atenção demais... Os garotos eram irritantes demais porque ficavam me cercando e me fazendo de centro das atenções. Mas eu não saia muito então não conhecia muitas pessoas, além das minhas colegas de quarto e minha sensei. Não havia nenhum homem naquele lugar.
Nós continuamos a conversar até que eu disse:
– Tenho que ir pra casa.
Me levantei.
– Boa noite. – falei.
Ele se aproximou de mim e me abraçou. Eu me sentia fraca. Minhas pernas queriam tremer... Um abraço e eu podia dizer que estava derretendo... E a felicidade e outra sensação (eu não sei qual) tomavam meu corpo... Oh, era bom demais.
 Quando o abraço acabou tive que refazer meu rosto. Mas a surpresa do que ele fez a seguir não pôde ser contida e meu coração parecia fazer uma dancinha feliz.. Ele beijou minha testa. Tá, bem que eu queria que o beijo fosse um pouco mais embaixo... Mas eu fiquei tão feliz com aquele simples toque de seus lábios na minha testa e sua mão retirando meu cabelo de cima... Agora eu podia dizer que estava derretendo de verdade.
– Boa noite. – ele disse, recuando um pouco.
Oh, eu sabia que sensação era aquela agora... Eu estava ansiosa pelo próximo passo. Ansiava beijá-lo, sentir aqueles lábios nos meus... E eu tive que lutar contra essa vontade.
Tentei consertar a surpresa nos meus olhos antes que eles demonstrassem o que eu sentia por ele. Não conseguiria evitar o olhar apaixonado, então sorri ,desviando os olhos, e me virei. 
Eu dei um passo, dois. Hesitava querendo voltar e fazer a minha vontade.
– Vou vê-la amanhã? – perguntou.
– Claro. – respondi. - Amanhã.
E eu corri pra casa.
Quando deitei na minha cama, não consegui repreender o pensamento de que ele me queria por perto. E cheguei a pensar que ele não tinha esquecido aquele nosso primeiro beijo anos atrás... E acabei sonhando com ele.
      ***
Nós estávamos sentados nos fundos da sua casa, conversando. Meu pai pelo menos me deixava ir lá, já que nos considerava amigos. Bom, Sasuke-kun podia até pensar assim... Mas o que eu sentia por ele não era amizade. Eu não sentia por ele o que sentia pelos meus outros amigos (colegas, pra ser mais exata). Era algo mais forte... Eu pensava na possibilidade de amor.
– Naomi-chan. – disse ele num tom diferente. Nervoso, achei. - Eu queria dizer algo... É que... – parou.
– Continue, Sasuke-kun. – pedi. - Não precisa ter vergonha. – Sorri e ele sorriu também.
– Eu queria dizer que... Ah, esqueça. – murmurou, desviando seus olhos dos meus.
– Eu também preciso dizer algo. – Me aproximei dele. - Eu... Tenho uma confissão... –Olhou pra mim e eu perdi o fio da conversa.
– Conte. – pediu.
– É sobre nós dois... Eu não acho que posso ser sua amiga. – desabafei.
–Por quê? – perguntou, triste.
– Porque...
Eu aproximei meu rosto do seu, corando e ele também corou. Eu me aproximei até certa distância. Eu podia sentir meu coração se acelerando. Os olhos dele se fecharam e os meus também e eu encostei meus lábios nos dele.
Depois eu, como uma idiota, fugi e quase esbarrei no Itachi (provavelmente ele viu tudo). E no dia seguinte pedi desculpas à Sasuke. E tudo voltou à amizade.
***
Eu acordei beijando meu travesseiro.
– Não é o Sasuke-kun. – murmurei, choramingando.
Resolvi dar uma volta pra refrescar minhas ideias. Acabei indo para a floresta. Já tinha alguém lá. Toda a sensação da noite passada voltou, agora mais forte.
– Oi. – cumprimentei, sorrindo.
– Oi. - respondeu Sasuke, sorrindo de canto (e eu tive que me segurar pra não suspirar). - Pensei que fosse me encontrar mais tarde... Não que não esteja feliz de vê-la mais cedo.
– Ah, obrigada. Eu ia vê-lo mais tarde, mas já que nos encontramos antes...
Eu fui para perto dele. O que eu devia fazer? Ele respondeu por mim, me abraçando. Esse foi um abraço mais demorado. E quando ele terminou, minhas mãos continuaram nos seus ombros e as mãos dele na minha cintura. 
Meu coração batia muito forte e percebi que o dele também (graças à minha super-audição).
– Acho que eu devia explicar que tipo de amor eu sinto por você.
– Você me ama como um irmão. – pressupôs ele, largando minha cintura.
Eu estava surpresa por ele pensar isso. Estava se afastando de mim e minhas mãos caíram de seus ombros. 
Eu deixei que a vontade tomasse minha mente. 
Minhas mãos seguraram sua camiseta azul e o puxei para mais perto de mim, mantendo meus olhos nos dele.
– Irmão? Irmãos não fazem isso. – Puxei-o para mais perto ainda, encostando minha boca na dele. Uma das mãos dele foi para minha nuca, segurando meus cabelos.
Não foi um selinho, como o nosso primeiro beijo, e sim um beijo de verdade. A minha pele junto da dele ficava mais quente ainda. Eu me sentia febril, mas de um jeito bom. Nós estávamos bem próximos, mas não parecia o bastante. E nesse momento outra necessidade surgiu na minha vida... Ao lado de fome, sono e outras, estava agora a necessidade chamada Sasuke-kun. Muito tempo longe dele e eu ficaria incompleta.
Meu ar estava começando a faltar, mas eu nem conseguia pensar em parar.
Quando paramos, nós já ofegávamos.
– Eu não vou pedir desculpas dessa vez. – garanti, depois de me recuperar. - Também não vou fugir.
– E eu não posso aceitar sua amizade depois disso. – Me beijou.
***

Notas Finais do Capítulo:
 Aê! Eles finalmente, depois de tanto tempo, estão namorando!

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